Brasileiro é acusado de tentar se juntar ao Estado islâmico

O jovem e dois amigos marroquinos são muçulmanos e em depoimento à polícia disseram que estavam tentando chegar na Grécia

Um brasileiro foi preso na Bulgária no dia 15 de dezembro acusado de tentar se juntar ao Estado Islâmico na Síria. Ao lado de dois marroquinos, o jovem Kaíke Ribeiro vai ser extraditado para a Espanha, país onde vive, para responder pelo crime.

O Itamaraty tem acompanhado o caso, mas não deu informações à imprensa para preservar o acusado. Em resposta à Folha de São Paulo disse respeitar a “privacidade de cidadãos brasileiros no exterior e de suas famílias” além de dizer que não tem autorização para comentar sobre o caso.

A Folha também tentou falar com a família e o advogado de Kaíke Ribeiro, mas não teve contato. Ao que consta o jovem, que é muçulmano, negou que tentava se juntar ao grupo terrorista, dizendo apenas que estava tentando ir à Grécia e à Turquia para curtir as férias.

Segundo o jornal búlgaro “Dneven Trud”, o marroquino El-Gharbi, que acompanhava o brasileiro na viagem, estava entoando versículos do Alcorão durante o julgamento. Ele também será extraditado para a Espanha.

O segundo marroquino que estava no grupo é Tawfiq, o melhor amigo de Kaíke segundo apurações da Folha. Ele teria tido um importante papel no trajeto do brasileiro considerado como uma pessoa que não conversava com quem não fazia parte de seu círculo de amizades.