Quatro cristãos foram encarcerados por não obedecerem, pela força, a ordem de renunciar a sua fé, numa campanha conduzida pelo regime comunista.

Citando fontes confiáveis, o Movimento pelos Direitos Humanos do Laos (MDHL), sediado em Paris, acusou claramente de recentemente ter sido lançada pelas autoridades do país uma violenta campanha de repressão contra os cristãos que vivem no distrito de Kasy, na província de Vientiane.

Segundo o grupo, oito famílias de cristãos da minoria étnica Khmu foram forçados a assinar o ato de renúncia à sua religião.

Dois cristãos, chamados simplesmente de Khamphay e Pheng, que se recusaram a assinar o documento, foram presos depois do último dia 02 de agosto na prisão de Kasy, enquanto que em outro vilarejo do distrito, chamado Ban Viengsamay , as autoridades ordenaram aos cristãos para deixar a localidade por causa da sua crença.

O MDHL repete sua condenação a essa campanha de repressão, pois ela contraria os direitos fundamentais da humanidade e os direitos firmados na Constituição da República Democrática Popular do Laos, e solicita o término imediato desses atos

O Movimento apelou ao governo do Laos pela libertação de todos os cristãos sempre detidos e pela permissão do acesso do país aos observadores internacionais para que eles possam verificar como está a situação dos direitos humanos nesse lugar.

Segundo o MDHL, fatos visando os cristãos foram observados depois de 11 de agosto na província de Savannakhet (sul), onde os cristãos foram impedidos de se reunirem em suas próprias casas em grupos de oração.

Além de tudo isso, outras formas de violência aconteceram no distrito de Nam Bak na província de Luangprabang (norte) onde agentes de polícia se instalaram nas casas de cristãos para forçá-los a abandonarem sua fé.

Em Dezembro, os Estados Unidos haviam classificado o Laos na lista dos países de práticas totalitárias ou autoritárias em matéria de religião, destacando os esforços em favor da liberdade religiosa.